Para erradicar o coronavírus, é preciso realizar um verdadeiro esforço de imunização: vacina boa é vacina no braço
Muitos questionamentos surgiram nos últimos meses a respeito da eficácia das vacinas. Enquanto outros países estão completamente imunizados e vacinando pessoas de outras nacionalidades, ainda precisamos correr atrás do prejuízo para nos sentirmos seguros em ambientes compartilhados.
O novo coronavírus ainda afeta a vida de milhares de famílias que perderam seus entes queridos e, infelizmente, ainda continua provocando milhares de mortes.
Recentemente, o Brasil perdeu um dos maiores atores da dramaturgia brasileira para o coronavírus. O ator Tarcísio Meira morreu dia 12 de agosto, aos 86 anos, após complicações da doença. Depois desse triste evento, o assunto sobre a eficácia dos imunizantes voltou à tona.
Pfizer, Coronavac, Astrazeneca ou Janssen... qual vacina tomar?
Nessa corrida contra o tempo pela imunização de toda a população brasileira, infelizmente ainda há muita discussão sobre a vacina de um fabricante ser melhor que a outra. Fala sério, né? 😓 Tudo isso gera insegurança na população, que tem ido às unidades básicas de saúde questionar que tipo de vacina estão oferecendo antes de enfrentar a fila para se imunizar, o que causa mais atraso na vacinação. 😪
Vacina boa é vacina no braço!
Em um estudo conduzido pelo Instituto Butantã, na cidade de Serrana, no interior de São Paulo, cerca de 75% da população adulta foi vacinada com a Coronavac, uma das vacinas que mais sofreram com fakenews e preconceito da população. Porém, os dados desse estudo provaram o contrário das inúmeras críticas: houve cerca de 80% de quedas nos casos sintomáticos de Covid-19 e de 86% nas internações, além da redução das mortes em 95% !
Independente da fabricante, o propósito das vacinas é tornar o contato do sistema imunológico com o vírus mais seguro e reduzir internações e mortes. Quanto maior a quantidade de pessoas vacinadas, menores as chances de o vírus continuar circulando. O que permite a erradicação de uma doença — ou redução dos casos — é a ampla cobertura vacinal. Ou seja: quanto mais pessoas protegidas, menor a circulação do vírus.
Em entrevista ao Fantástico, Tarcísio Filho falou emocionado sobre sua perda: "Minha mãe só está viva, graças a Deus, por causa da vacina". Além disso, contou que o pai tinha comorbidades bastantes sérias como problemas renais e pulmonares. "Eu sempre estava chamando a atenção dele pra isso, que mesmo com a vacina ele deveria ter extremo cuidado", completou emocionado.
Em uma era de desinformação, precisamos reforçar sempre que o que está em jogo é a sociedade como um todo e também a diminuição dos casos graves que levam à morte. Nem as vacinas, ou nenhum outro tratamento de saúde, são 100% eficazes. Diversos fatores compõem o quadro de saúde de um indivíduo e não podemos generalizar.
Mesmo pessoas vacinadas podem contrair o vírus, adoecer e morrer, embora em uma frequência extremamente menor do que quem ainda não foi vacinado. Mas como indivíduos mais velhos possuem um sistema imune naturalmente mais frágil, devido à imunossenescência (declínio da função imunológica, causando mais suscetibilidade a doenças), casos como o do ator infelizmente podem ocorrer.
Não é hora de relaxar!
Multiplicadores, deixamos aqui um apelo a todos vocês: Não encarem casos isolados como estes, como argumento para não se vacinarem ou ainda abandonarem as medidas de prevenção de combate a proliferação do coronavírus. As variantes estão por aí e ainda não atingimos a meta necessária de imunizados para abandonarmos o uso da máscara e a higienização das mãos com frequência.
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